domingo, 22 de março de 2009

Maria da Penha nele, e uma surra nela!



A coisa foi a seguinte: uma amiga minha, a quem só conheço virtualmente pela Internet, levou umas porradas do homem com quem vive. Aí, ligou para uma amiga e pediu socorro. A amiga lhe socorreu, mas botou a boca no mundo. Quando o cabra ia sofrer as penas da lei, a espancada (teve até hemorragia interna) desmentiu tudo, exaltou as qualidades do marido, disse que tudo era inveja da amiga, pois tinha sofrido um tombo no banheiro. Aí, eu não me aguentei e mandei por e-mail o cordel de presente pra ela:


Aqui na minha terrinha
Também tem um tipo ruim
De mulher, que faz assim:
Apanha e fica quietinha.
Mas se faz de coitadinha
Diz que foi escorregão
Que sofreu em seu sabão
Quando saía apressada
Do banheiro, ensaboada,
Por não prestar atenção.

Agora é essa a questão:
Apanha ou é desatenta?
Ela diz que o povo inventa
Qu’ela leva moxicão
Mas acho que é a mão
Do marido cachaceiro
Profissional uisqueiro,
Que lhe faz só de pamonha
E ela, muito sem vergonha,
Diz: - É bom, meu companheiro.

O cabra é um loroteiro
Metido a arroxado
Mas quando ele é provado
Por um homem verdadeiro
Falam que corre primeiro
Pra descontar na inocente
Que embora inteligente
Não vê qu’ele é um imbecil
E toda quebrada e servil,
Diz: - O meu homem é decente.

Quando a coisa fica quente
Ela liga pr’uma amiga
É sempre a mesma cantiga
-
Eu sofri um acidente.
Mas por inveja, não invente
De pensar que apanhei.
Eu apenas escorreguei
Quando saía do banheiro,
Caí com meu corpo inteiro
E a cabeça quebrei
.
Aí, o marido dela me respondeu dizendo que eu era um louco porque não sabia com quem estava mexendo, que ele tem muito dinheiro, era de família rica e tradicional de certa região do país, que ia me processar e mais uma ruma de bosta. Mandei-lhe, então o seguinte cordel:
Na minha terra querida
Temos de tudo um pouco
Podem até me chamar: “louco”
Mas não tenho outra saída.
Aqui a gente duvida
De metido a valentão
Mas que só levanta a mão
Pra bater no feminino
Não passa de um cretino
Sem alma e sem coração.

De que adianta o sujeito
Ter “nome” e tradição
E faltar-lhe a educação,
Ser sem caráter e respeito?
Falo logo em meu conceito:
O cabra não é do bem.”
E não importa quant'ele tem
Pode ser um mar de dinheiro
Pode até ser um “Carneiro”,
Mas pra mim, não é ninguém.

Não vejo porque senão
Nessa linhas que hoje leio
Nem me traz um aperreio
Entrar em tal discussão
Eu falo de coração
E não arredo o pé
Aqui quem bate em mulher
Não é homem, é um nojento !
Não é sequer um jumento
Pois não rincha, só faz béééééééééééééé !

Um comentário:

  1. Criatura de Deus, em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher. Já pensou vc terminar sendo preso por este marido, lá nos cafundós do judas. A gente não pode nem ir visitá-lo rsrsrsrsrsrsrsrsrsrrsrsr

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